domingo, 16 de outubro de 2011

Radiação ajuda a preservar obra de arte

 Fonte: Site do IPEN

Escultura do séc. XIV
A radiação ionizante foi utilizada no trabalho de conservação e restauro de uma escultura do século XIV representando Nossa Senhora e o Menino Jesus, pertencente ao acervo do Mosteiro São Bento de São Paulo. A peça, infestada por cupins, foi submetida a um tratamento utilizando radiação ionizante, no último dia 5 de outubro, no Centro de Tecnologia das Radiações (CTR) do Instituto de pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN). Todo o mosteiro está sendo restaurado por uma empresa especializada, que contatou o instituto para irradiar a escultura.

A pesquisadora do CTR Luci Diva Brocardo Machado explica que a radiação é uma alternativa segura e muito eficaz e que pode impedir que se percam construções e objetos de valor histórico e cultural para a humanidade. A radiação tem sido utilizada para recuperar e conservar obras de patrimônio histórico, artístico e cultural em uma linha de pesquisas que já contabiliza resultados expressivos.

A peça está infestada por cupins
A obra será irradiada com raios gama no irradiador multipropósito do CTR, por cerca de 15 minutos. Após o tratamento com radiação, a restauradora Márcia Rizzo seguirá com o processo de restauro da escultura, bastante danificada, segundo ela, que já utilizou a radiação ionizante para tratar outras obras de arte, como um quadro peruano do século XVII.

O uso da radiação ionizante na conservação e restauro de obras de arte é um trabalho multidisciplinar que envolve profissionais de várias áreas, como museólogos, restauradores, físicos e químicos. Em parceria com diversas instituições já foram tratados no IPEN quadros, xilogravuras, papeis e peças diversas infestadas por fungos, bactérias, cupins e brocas, destaca Luci Machado.


Durante o processo de irradiação, são posicionados dosímetros para garantir que a dose correta foi absorvida pelo material. A dose de um quilogray é suficiente para eliminar os insetos sem no entanto provocar alterações nas propriedades dos materiais envolvidos no processamento.

Países como Japão, Áustria, Polônia, França, Alemanha e República Tcheca utilizam a radiação ionizante para desinfestar obras de arte e desenvolvem várias pesquisas na área. Obras de patrimônio histórico e cultural de todos os tempos têm se beneficiado da tecnologia, que não gera resíduos tóxicos ou radioativos.

Empregar a radiação representa vantagens em relação aos processos químicos: não requer período de quarentena após o tratamento e não são gerados gases tóxicos ou substâncias nocivas. Com isso, não há impactos à saúde de quem realiza o processamento ou manuseia a obra, nem danos ao meio ambiente.

A radiação ionizante também é utilizada na redução da carga microbiana ou para eliminar infestação de pragas em produtos agrícolas, em alimentos, produtos médicos e farmacêuticos. O irradiador multipropósito, equipamento utilizado nas pesquisas e serviços prestados pelo CTR, foi desenvolvido no IPEN com tecnologia nacional.

12 comentários:

  1. Muito legal saber que a radiação está ajudando a preservar estas obras. Quem já teve problemas em casas infestadas com cupins, sabe como é dura a batalha para exterminá-los. Afinal, quando se trata de defender o uso da radiação nos casos de trataentos médicos, ou como neste exemplo, acho que deveríamos ter uma unanimidade no mundo.

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  2. cara eles são muitos babacas mesmos

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  3. Chave, tava procurando um site para estudar sobre isso para apresentar na escola e encontrei esse daqui, muito bom

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  4. vida que segue(isso vai matar agente algum dia,tudo vai começar com uma ou duas mortes e depois vai aumentar o numero de mortes e talvez seja assim que vamos ser extintos)e uma das formas que seremos extintos!!!!!!!!!!!!!

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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